O petróleo perdeu fôlego no fim do pregão e não sustentou o movimento positivo visto durante quase toda a sessão. No mercado, comenta-se que é esperado um aumento nas exportações russas, ao mesmo tempo em que dados do Departamento de Energia (DoE) dos EUA apontam menor demanda.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 0,49% (US$ 0,37), a US$ 75,29 o barril, enquanto o Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 0,21% (US$ 0,17), a US$ 79,46 o barril.
"O petróleo estava subindo constantemente nas últimas semanas com as expectativas de que a Rússia e os sauditas manteriam esse mercado apertado", diz o analista da Oanda, Edward Moya, acrescentando que o Kremlin pode não estar motivado a cumprir sua promessa de exportação, especialmente considerando a intensificação dos esforços militares russos. Segundo ele, os ataques à costa ucraniana do Mar Negro sinalizam uma escalada significativa da guerra, o que pode motivar o Ocidente a pressionar mais os principais compradores de petróleo russo. "A falta de conformidade russa com as exportações de petróleo pode significar que o petróleo Brent não será capaz de se estender muito acima dos US$ 80 por barril", complementa.
A Rússia promoveu hoje o segundo dia de ataques contra infraestruturas portuárias no sul da Ucrânia, incluindo terminais de grãos e petróleo, segundo autoridades locais.
A alta de mais cedo no petróleo também foi influenciada por estímulos à atividade e consumo na China. Para o analista da Spartan Capital Peter Cardillo, a demanda chinesa no futuro próximo "segue obscura", e os preços do petróleo não vão se estabilizar apesar dos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para manter os preços elevados.
*Com informações da Dow Jones Newswires