Estadão

Petróleo sobe com ameaças de piora das tensões no Mar Vermelho e queda de derivados nos EUA

Os contratos futuros do petróleo subiram nesta quinta-feira, 22, em meio a sinais de potencial escalada das tensões no Mar Vermelho. O movimento do petróleo acelerou ainda após a queda dos estoques de derivados de petróleo na semana passada nos Estados Unidos, em meio à aproximação da Primavera no Hemisfério Norte, o que pode ampliar a demanda pelos produtos, segundo analistas.

Na Internacional Commodity Exchange (ICE), o Brent para maio fechou em alta de 0,72% (US$ 0,59), aos US$ 82,70 por barril. No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange, o WTI para abril subiu 0,90% (US$ 0,70), a US$ 78,61 o barril.

O grupo Houthis do Iêmen, apoiado pelo Irã, aumentará seus ataques a navios no Mar Vermelho e em outras áreas marítimas, introduzindo "armas submarinas", afirmou o líder do grupo, Abdul Malik al-Houthi, em discurso televisionado nesta quinta-feira, segundo a <i>Reuters</i>.

Os estoques de gasolina nos EUA caíram 293 mil barris, a 247,037 milhões de barris na semana encerrada em 16 de fevereiro, informou nesta quinta-feira o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Já os de destilados recuaram 4,008 milhões, a 121,651 milhões de barris. Esses dados ofuscaram o aumento de 3,514 milhões de barris dos estoques de petróleo bruto.

Com a aproximação da Primavera no Hemisfério Norte, analistas começam a citar a expectativa de aumento da procura de petróleo bruto e produtos refinados. As refinarias estão operando apenas com uma capacidade de 80,6%, uma vez que muitas encerraram para manutenção sazonal, bem como para uma mudança de reformulação para combustíveis de verão. Como resultado, espera-se que os preços na bomba permaneçam elevados, escreveu David Evanson, analista da Navellier.

<i>*Com Dow Jones Newswires</i>

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