Economia

Petrobras avalia periodicidade das reuniões sobre preços de combustíveis

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta segunda-feira, 5, que a diretoria está avaliando a periodicidade das reuniões sobre alterações nos preços dos combustíveis, uma vez que tais decisões estão atreladas a duas variáveis que mudam diariamente: o câmbio e o petróleo.

Além disso, a companhia está atenta à participação de mercado, relatou. Contudo, ele disse que não há uma decisão sobre o tema. “Estamos avaliando”, disse, em evento na sede da B3 com investidores, em São Paulo.

Segundo Parente, para a empresa conseguir atingir o objetivo de fechar parcerias no refino, é necessária uma garantia de liberdade na política de preços.

“A liberdade na política de preços é uma questão crucial na meta de fechar parcerias no refino. É a mais importante discussão no âmbito desse processo”, afirmou o executivo. “Esperamos ter uma resposta adequada que traga a visão de que a questão foi endereçada. Mas neste momento, só posso afirmar que é uma questão crucial”, disse. “A parceria no refino é uma questão bem mais complexa, na comparação com a parceria em um ativo isolado”, afirmou, ao lembrar que é um setor no qual a empresa detém quase 100% do monopólio.

Parente reiterou, porém, que apenas pode dar detalhes sobre o assunto quando o modelo de parceria for aprovado pela diretoria. “Estamos andando com o processo”, afirmou.

1 mês

Durante encontro com investidores em São Paulo, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse acreditar que a empresa vai apresentar dentro de um mês e meio a modelagem para parceria no downstream (refino). Questionado por um investidor sobre o custo das refinarias, o executivo admitiu que a empresa tem sim capacidade ociosa em refinarias, mas preferiu não entrar em detalhes sobre esse assunto. “É uma das questões estratégicas relevantes da empresa que a gente não comenta muito”, explicou.

Falando sobre o plano de alienação de ativos no geral, Parente disse que ter uma sistemática de venda 100% aprovada pelo Tribunal de Contas da União é um “selo relevante”, que favorece a empresa em disputas judiciárias a respeito em torno do tema. “A partir do momento que o TCU aprova a nova sistemática é uma forma de defesa importante em decisões em tribunais”, disse Parente.

O executivo disse também que, até o fim do ano, serão anunciadas 30 parcerias e desinvestimentos.

Termelétricas

Sobre a possível venda de termelétricas, os executivos da Petrobras explicaram que dependerá da regulamentação do setor elétrico referente ao programa Gás para Crescer.

Governança

Parente disse ainda que a empresa tomou uma série de medidas, mudou seu estatuto e teve várias discussões com o controlador (União) para melhorar o nível de governança. Com isso, na última sexta-feira, a Petrobras foi a primeira empresa a pleitear a certificação de governança das estatais junto à B3.

Além disso, anunciou nesta segunda que iniciou estudos para aderir ao segmento de listagem nível 2 da Bolsa de Valores.

“Buscamos criar barreiras a eventuais medidas que possam ser tentadas no futuro e colocar em dúvida a independência e integridade da nossa empresa”, disse Parente.

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