O diretor executivo do Comitê de Aquisições e Fusões (Caf) e representante dos acionistas minoritários ordinaristas no conselho de administração da Petrobras, Walter Mendes de Oliveira Filho, disse haver segurança de que a companhia não precisará republicar seu balanço do primeiro trimestre. “Dado o histórico, tudo o que a Petrobras faz causa certa desconfiança, mas não houve nenhum problema, o critério utilizado é técnico, perfeito e legal e aumenta a transparência”, disse ao ser questionado sobre denúncia, divulgada na imprensa, quanto ao lançamento no balanço do primeiro trimestre de um crédito de provisão que beneficiou o lucro da estatal, utilizando a regra contábil que trata de eventos subsequentes. Ele diz que a regra contábil, CPC 24, é muito clara e não vê necessidade de republicação de balanço.
Mendes disse que sugeriu ao conselho que a companhia seja aderente ao CAF e defendeu que a petroleira também busque aderência ao novo código de governança das estatais que está sendo elaborado pela BM&FBovespa. “Se vier o debate do migrar para o Nível 2 de governança da Bovespa, acho que é bom, mas entendo que o debate sobre a governança das estatais é ainda mais relevante. Mais interessante do que pensar agora no Nível 2 é pensar na adesão ao código das estatais”, afirmou.
Segundo ele, existe acompanhamento das ações coletivas que estão sendo movidas no exterior contra a Petrobras, mas que o conselho não discutiu qual seria o eventual impacto entre os acionistas brasileiros, como um motivador de ações judiciais locais.
Quanto à proposta feita ao conselho da Petrobras de adesão ao CAF, ele considera que seria “um sinal muito importante, principalmente de reconhecimento ao que diz respeito a segurança das OPAs (ofertas públicas de aquisição de ações) e reestruturações societárias, que é o assunto de que trata o CAF”.)