A Petrobras divulgou na noite desta quinta-feira, 23, seu Plano Estratégico para o período 2024-2028, que projeta investimentos de US$ 102 bilhões, ante US$ 78 bilhões no plano anterior, que trazia o planejamento até 2027. Trata-se de aumento de 30,7% no investimento previsto pela estatal no último plano quinquenal.
Como esperado, a estatal manteve foco na área de Exploração e Produção (E&P), que ficará com US$ 73 bilhões ou 71,5% do total a ser investido. O pré-sal segue como o grande foco da área, representando 67% do total dos recursos para E&P.
Previsão mais aguardada pelo mercado, gás e energia e negócios de baixo carbono, como energias renováveis, contarão com um investimento de US$ 9,2 bilhões em cinco anos, o que representa 9% do total. Considerando iniciativas de baixo carbono transversais às outras frentes da companhia, esse porcentual chega a 11% do total. Em qualquer das óticas, o montante ficou dentro do intervalo apontado em diretriz estratégica definida no meio do ano, entre 6% e 15% do capex total.
<b>E&P</b>
Dentro de E&P, a frente de exploração de petróleo e gás vai receber US$ 7,5 bilhões nos próximos cinco anos. Pouco mais de 41% disso vai ser investido nas Bacias do Sudeste. Igual valor, US$ 3,1 bilhões, serão reservados à Margem Equatorial, o que mostra sua centralidade no curto e médio prazos da companhia.
Essa área, a estatal planeja começar a explorar pela Bacia Potiguar para, depois, chegar às demais bacias como a da Foz do Amazonas, cuja licença ambiental é hoje travada pelo Ibama e Ministério do Meio Ambiente. Os restante (US$ 1,3 bilhão) reservado à exploração será aplicados fora do País, informou a Petrobras.
Para efeito de comparação, no plano anterior (2023-2027), a Petrobras havia reservado US$ 6 bilhões para exploração, sendo US$ 3 bilhões para a Margem Equatorial, valor que se manteve praticamente estável.