A Petrobras deu nesta quarta-feira, 2, mais um passo para a emissão de debêntures com o objetivo de arrecadar até R$ 3 bilhões com os títulos não conversíveis em ações. A estatal divulgou o prospecto inicial da operação, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No último dia 26, a companhia já havia protocolado na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) pedido de análise prévia da oferta de debêntures.
As datas previstas para a operação não foram divulgadas no documento, que ainda pode ser revisto pela estatal. O documento apresentado hoje detalha as condições financeiras e de risco da operação, associada aos riscos já descritos pela estatal em seu Formulário de Referência.
Entre os riscos citados estão a “volatilidade do mercado de capitais brasileiro e a baixa liquidez do mercado secundário brasileiro de debêntures” e um “eventual rebaixamento na classificação de risco”. “Para se realizar uma classificação de risco (rating), certos fatores relativos à emissora são levados em consideração, tais como sua condição financeira, sua administração e seu desempenho. (…) Um eventual rebaixamento em classificações de risco obtidas com relação à oferta e/ou à emissora durante a vigência das debêntures poderá afetar negativamente o preço dessas debêntures”, afirma o prospecto.
Ainda de acordo com o documento, participam da oferta de debêntures os bancos BB Investimentos, o líder do consórcio de instituições financeiras, juntamente ao BTG Pactual, Bradesco BBI, Votorantim e Itaú BBA. Serão ofertadas 300 mil debêntures em três séries, com condições distintas, que poderão ser usadas para financiar o plano de negócios da companhia e também despesas já realizadas ou a incorrer em projetos estratégicos da companhia, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).