A Petrobras disse em nota ao <i>Broadcast</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) nesta terça-feira, que ainda está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia no setor petroquímico no âmbito do seu Planejamento Estratégico, e que não há "qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem."
A estatal fez o esclarecimento devido a matérias que vêm sendo publicadas na mídia sobre o interesse da empresa em permanecer na Braskem após a venda da participação da Novonor (ex-Odebrecht).
Na segunda-feira, 19, o <i>Broadcast</i> publicou matéria atribuída a fontes de mercado sobre as intenções da Petrobras, que já teria avaliado que não pretende aumentar sua participação na Braskem, como estava sendo especulado, mas que deve ficar no capital da empresa, em acordo com o futuro controlador. "Nesse sentido, a companhia esclarece que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis", afirmou.
A Novonor recebeu duas propostas até o momento para a venda da sua participação de 50,1% no capital ordinário da Braskem. A Petrobras é a segunda maior acionistas e considerada cocontroladora da empresa, com 47% das ações votantes, e por isso tem uma participação fundamental na efetivação da venda, segundo fontes.
A primeira proposta feita este ano veio de um consórcio formado pelo fundo norte-americano Apollo e a petroleira de Abu Dhabi Adnoc. A segunda foi apresentada pela Unipar.
O <i>Broadcast</i> apurou que uma terceira oferta seria feita pela J&F, holding dos irmãos Batista, dona da JBS, que estaria em conversas com bancos para articular a oferta.