A Petrobras desmarcou a reunião que teria nesta terça-feira, 10, com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para responder às reivindicações apresentadas pelos sindicalistas em encontro realizado ontem. Em comunicado, a empresa informa que “está trabalhando em proposições com vistas ao fechamento do acordo coletivo de trabalho”. Uma nova reunião deve ser reagendada, afirma a empresa.
O comunicado da Petrobras não faz qualquer menção à pauta de reivindicação da FUP, à qual é afiliada a maioria dos sindicatos de petroleiros do País. A entidade pede, principalmente, a suspensão do plano de venda de ativos e a retomada do investimento.
Já o acordo coletivo, que inclui reajuste salarial e benefícios trabalhistas, não é uma causa defendida pelos grevistas da FUP. Essa é a pauta de reivindicação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), dissidente, que pede aumento de salário de 18%.
Como resposta à suspensão da reunião de hoje, os sindicalistas orientaram a intensificação da greve. “Essa é a hora de fortalecer a luta em todas as refinarias, nas plataformas, nos campos terrestres, nas unidades de produção e de processamento de gás, nos terminais, nas usinas de biodiesel e nas termelétricas”, informou a FUP, em nota oficial.
Segundo a entidade, a produção está paralisada ou interrompida em várias unidades da Petrobras. Na Bacia de Campos, onde a greve atinge 50 unidades marítimas, mais de 2 milhões de barris de petróleo deixaram de ser produzidos desde o início do movimento, no dia 1º deste mês. O prejuízo para a empresa, segundo a entidade, é de R$ 400 milhões.
