O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, divulgou nota oficial nesta quarta-feira, 24, afirmando que o Estado vai colaborar e “não vai se furtar de dar qualquer informação” ao Ministério Público sobre o caso Amarildo. A nova análise de imagens de câmeras de segurança pelo MP levantou suspeita sobre a participação de homens do Bope na morte e ocultação de cadáver do auxiliar de pedreiro.
“Vamos atender a tudo que a Justiça determinar. É importante registrar que há hoje 12 policiais militares presos. Também é importante ressaltar que foram as câmeras que nós colocamos dentro da Rocinha que possibilitaram as investigações (…) A Justiça é soberana. Vamos atender a tudo que a Justiça precisar”, disse o governador.
Pezão admitiu os “maus policiais”, mas declarou que a autoria do crime ainda não foi descoberta. “Tem maus policiais, mas não podemos generalizar. São cerca de 60 mil agentes, entre policiais civis e militares (…). Já cortamos aproximadamente dois mil policiais nos últimos oito anos e seis meses. Nós não compactuamos com o erro”.
O Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da Polícia Militar do Rio, afastou das funções 14 policiais investigados no episódio do sumiço do pedreiro Amarildo de Souza na favela da Rocinha, zona sul do Rio, em julho de 2013. O Bope não divulgou o nome deles. A Polícia Militar vai investigar os agentes em um inquérito aberto na segunda-feira.
Já o Ministério Público abriu um inquérito na 15ª promotoria de Justiça de Investigação Penal da Capital para investigar os fatos.