Com muitos agradecimentos ao ex-governador e padrinho político Sérgio Cabral (PMDB), Luiz Fernando Pezão (PMDB) foi empossado, na manhã desta quinta-feira, 1º de janeiro, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para o próximo mandato à frente do governo do Rio. Cabral, que reduziu consideravelmente as aparições públicas após deixar o governo em abril com índices baixíssimos de aprovação, assistiu à cerimônia, no plenário da Alerj, e foi aplaudido de pé pelos convidados de Pezão.
O governador, que foi vice de Cabral em seus dois mandatos, citou pelo menos quatro vezes o padrinho político em seu discurso. “Queria agradecer ao ex-governador Cabral por ter me proporcionado os melhores anos da minha vida”, disse o governador. Ao prometer ser o “segundo prefeito” de cada cidade fluminense, Pezão acabou por indiretamente lembrar uma das principais críticas a Cabral: o excesso de viagens. “Vocês vão ter um governador presente”, prometeu Pezão.
No discurso de posse, o governador usou por duas vezes a palavra “crise” em referência à situação econômica do Estado – neste fim de ano, faltou dinheiro até para a ceia de Natal de policiais militares e bombeiros. “Vamos enfrentar essa crise, transformando momentos difíceis em oportunidades”. Na mesa, ao lado de Pezão, estava o arcebispo do Rio, cardeal dom Orani Tempesta, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e o vice-governador eleito, senador Francisco Dornelles (PP).
O governador não conversou com a imprensa após a cerimônia. Ele partiu de carro para o Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, onde está sendo realizada uma cerimônia em homenagem à sua posse, com presença de seus secretários e correligionários. Está prevista uma entrevista ao fim do evento. À tarde, o governador acompanhará em Brasília à posse da presidente Dilma Rousseff.