A Polícia Federal espera melhorar dentro de 15 dias o serviço de checagem nos passaportes no aeroporto internacional de Cumbica.
A PF diz que a troca de empresas responsável pelo serviço, que acontecerá nos próximos dias, não afetará os passageiros.
Na manhã de hoje (24), o volume de passageiros no desembarque era grande. Algumas pessoas chegaram a reclamar da demora para ter os documentos verificados em Cumbica.
O problema atingia principalmente os estrangeiros. Alguns chegaram a ficar mais de 30 minutos na fila da imigração.
Foi o caso do engenheiro Tom Marino, 50. O americano veio de Miami para São Paulo e disse que a passagem pela checagem foi muito difícil.
"Demorei meia hora ou até mais. Foi muito difícil, na Copa do Mundo a situação poderá ser ainda pior", disse Marino.
O inglês Crispian Knight também sofreu com a lentidão na verificação dos documentos. O executivo de uma multinacional com sede aqui em São Paulo, já esteve algumas vezes na cidade e sempre passa por situações difíceis na imigração.
"Acontece sempre isso. São poucos funcionários. Até que dessa vez foi rápido, já vi filas piores tanto aqui como em outros aeroportos do mundo", afirmou Knight que demorou cerca de 20 minutos para passar pelo posto migratório em Cumbica.
Segundo o delegado Antonio Castilho, da Polícia Federal, a demora está dentro do aceitável pela instituição e se deve ao rigor na fiscalização dos documentos. Segundo ele, essa situação tende a melhorar com a chegada da nova empresa que fará o serviço.
Atualmente a responsável pela checagem dos passaportes é a Randstad. Esta empresa teve o contrato prorrogado por mais dois meses, na última sexta-feira (28).
A ideia, segundo a PF, foi a de garantir uma transição tranquila para a nova empresa que fará o serviço em Guarulhos. "O contrato com a Randstad venceria agora no domingo (23), mas na sexta prorrogamos o contrato por mais 60 dias. Neste meio tempo virá a empresa nova, dentro de 15 dias. Aí será feita a passagem do trabalho entre as empresas para não prejudicar o passageiro", disse Castilho.
De acordo com o delegado, a nova empresa tornará o serviço de checagem mais célere. "Este será o primeiro serviço de imigração com 100% de profissionais bilíngue no país. Com certeza o serviço vai melhorar quando ela chegar", afirmou.
No total, a checagem será feita por 420 profissionais que se alterarão em turnos. Atualmente, compõe o quadro de funcionários da Randstad cerca de 350 trabalhadores.
Para garantir que o serviço seja cumprido neste período de transição, a PF ainda montou um esquema especial com agentes de polícia e funcionários da Infraero (estatal que administra outros aeroportos do país).
"Serão 262 colocados a postos para garantir que o serviço seja feito caso a empresa que está saindo comece a demitir os atuais trabalhadores. É um reforço para o serviço não parar e não causar filas", disse Castilho.
O fim da tarde e o início da noite são os períodos mais movimentados para as partidas internacionais. As manhãs, para voos que chegam.
FIM DE SEMANA
No último sábado, o embarque internacional sofreu uma sobrecarga no começo da noite. Uma longa fila se formou para entrar na sala de checagem do passaporte.
De acordo com o delegado da PF, o problema no final de semana foi pontual e não tem relação com a troca de empresas que fazem o serviço de checagem de passaportes.