A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 29, a Operação Coroa, para desarticular grupo criminoso responsável pela distribuição de drogas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. A pedido da PF, a Justiça Federal expediu sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul (RS) e Ponta Porã (MS).
A Operação foi denominada “Coroa” por causa da admiração que um dos investigados demonstra por esse objeto, expressada por meio de tatuagens e imagens espalhadas por seu corpo.
A investigação identificou que a organização criminosa adquiria cocaína diretamente de um narcotraficante brasileiro que está preso no Paraguai por crimes praticados naquele país. A droga entrava no Brasil por Ponta Porã para ser comercializada na região da Serra Gaúcha.
O narcotraficante preso no Paraguai já foi investigado e responde a processos decorrentes de quatro operações da PF no Rio Grande do Sul – Operações Matriz, Panóptico, Suçuarana e Argus. Três processos para sua extradição estão em tramitação.
Durante as investigações, iniciadas em março, foram apreendidas mais de 4,6 toneladas de drogas – cocaína e maconha -, em ações realizadas em Veranópolis (RS), Maringá (PR) e Campo Grande.
Dois caminhões e um automóvel utilizados no transporte também foram apreendidos e três homens presos em flagrante. Estima-se que o lucro obtido a cada carga de cocaína transacionada chegue a R$ 500 mil. Os investigadores dizem que os líderes do grupo tinham uma vida de “ostentação”.
Com a deflagração da Operação Coroa, a Polícia Federal também executa o bloqueio das contas bancárias de seis investigados e o sequestro de 13 veículos, entre automóveis e caminhões. “Além da repressão ao tráfico de drogas, a ação busca a diminuição da violência na fronteira Brasil-Paraguai, resultante da disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas na região”, informou a PF.