Economia

PIB do agronegócio de SP cai 3,88% em 2017, para R$ 267,9 bi, dizem Fiesp e Cepea

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Estado de São Paulo ficou em R$ 267,9 bilhões em 2017, queda de 3,8% ante o resultado de 2016, informa o Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro), que fez o cálculo em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

O índice computa tanto o crescimento da produção agropecuária quanto os preços, já descontada a inflação. Os setores acompanhados para a formação do índice registraram baixa no período avaliado, com quedas de 4,6% em insumos e agropecuária, e de 3,6% na indústria e nos agrosserviços.

As colheitas menores de cana-de-açúcar e café, e a produção em baixa de etanol e do suco de laranja contribuíram com a queda. Em nota, Roberto Betancourt, diretor titular do Deagro, diz que apesar de possuir uma atividade agropecuária e industrial bastante diversificada, o setor sucroenergético é preponderante para a formação do resultado final do PIB do setor em São Paulo. “Na agroindústria, a maior influência veio do setor sucroenergético, puxada pelo recuo de preços do açúcar a despeito do aumento dos volumes produzidos”, disse.

Outros segmentos como os da indústria de suco de laranja, abate de aves e laticínios também recuaram. Já a indústria de café, bebidas, papel e celulose, apresentaram bons resultados no período. As indústrias de insumos agropecuários registraram faturamento 4,6% menor em relação ao ano anterior.

No caso da agropecuária (produção primária), o desempenho negativo foi influenciado, principalmente, pela atividade agrícola, com queda de 5,8%, enquanto a pecuária ficou relativamente estável, com recuo de 0,2%. Os destaques positivos neste elo vieram de mandioca, laranja, ovos, leite e suinocultura.

No caso da laranja, o aumento de produção foi o principal impulso ao faturamento. Mesmo com a oferta em alta, o nível de preços da laranja paulista registrou o maior patamar na avaliação anual, refletindo a maior demanda das indústrias processadoras. Segundo a Fiesp, o bom desempenho dessas culturas não foi suficiente para um resultado positivo, uma vez que as atividades de avicultura, bovinocultura, cana-de-açúcar, café, tomate, uva, entre outras, registraram fortes quedas.

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