Economia

PIB dos EUA cresce à taxa anualizada de 2,3% no 2º tri de 2015; previsão +2,7%

A economia dos Estados Unidos cresceu 2,3% no segundo trimestre depois de um início lento em 2015, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio. Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam crescimento de 2,7%.

O Produto Interno Bruto (PIB) final do primeiro trimestre foi revisado para crescimento de 0,6%, ante contração de 0,2% divulgado anteriormente.

Apesar da melhora no segundo trimestre, o crescimento este ano está menor do que no ano passado, o que reflete um primeiro semestre morno, e está bem abaixo do ritmo de recuperação. Neste ano, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 1,5%, em comparação com 1,9% no mesmo período um ano antes.

Ao contrário do ano passado, quando grande parte da fraqueza do primeiro trimestre foi atribuída ao inverno excepcionalmente rigoroso, o crescimento mais lento deste ano refletiu uma série de fatores, incluindo um dólar mais forte, o investimento empresarial lento e gastos dos consumidores mais fracos. No entanto, os dados divulgados hoje mostraram que algumas dessas pressões estão começando a diminuir.

A retomada nas exportações, consumo mais forte, desaceleração das importações e maiores gastos do governo Federal e local ajudaram a impulsionar o crescimento econômico no segundo trimestre.

Flutuações cambiais fizeram subir o custo dos produtos da indústria norte-americana para clientes no exterior, enquanto que os produtos estrangeiros ficaram mais baratos. No segundo trimestre, as exportações cresceram 5,3%, em comparação com a queda de 6% no primeiro trimestre. Já as importações aumentaram 3,5%, contra avanço de 7,1% nos primeiros três meses do ano.

O relatório também mostrou os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da produção econômica, aumentaram 2,9% no segundo trimestre, em comparação com 2,1% nos primeiros três meses do ano.

No entanto, no geral, os gastos dos consumidores têm ficado estáveis, sugerindo que alguns norte-americanos continuam cautelosos, apesar da melhora no mercado de emprego e aceleração dos salários.

Por outro lado, há sinais de que os consumidores podem estar começando a gastar em meio a um preço mais baixo da gasolina. A taxa de poupança caiu no segundo trimestre para 4,8%, de 5,2%.

Os gastos do governo subiram 0,8% no segundo trimestre, em comparação com o declínio de 0,1% no primeiro trimestre.

O mercado imobiliário também gerou impulso para a economia no segundo trimestre, em meio a sinais de fortes vendas durante a época da primavera. O investimento residencial avançou a um ritmo sólido de 6,5%. Esse ganho veio após dois trimestres de pelo menos 10% de crescimento.

Os gastos das empresas, outro fator-chave da economia, manteve-se fraco no segundo trimestre, o que levou para baixo o PIB pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2012. Os gastos das empresas com software, pesquisa e desenvolvimento, equipamentos e estruturas recuaram para +0,6%, em comparação com avanço de 1,6% no primeiro trimestre. Os números poderiam ser um sinal de que as empresas continuam cautelosas apesar de fortes gastos do consumidor, os ganhos de emprego e uma melhora no mercado imobiliário.

Excluindo o efeito de estoques das empresas, a demanda subjacente na economia recuperou no segundo trimestre. As vendas reais finais, uma medida que exclui mudanças nos estoques, aumentaram a um ritmo de 2,4%, em comparação com o declínio de 0,2% no primeiro trimestre.

Muitos economistas disseram que esperam que o crescimento acelere no segundo semestre. Antes da divulgação do PIB nesta quinta-feira, por exemplo, a Macroeconomic Advisers estimou crescimento de 2,7% no terceiro trimestre.

Os números mais recentes repetiram um padrão comum nos últimos anos: um resultado fraco no início do ano, seguido de um salto durante os meses de primavera e verão. Este modelo aconteceu nos últimos seis anos, o que mostra um crescimento sem força desde o fim da recessão em 2009.

Entre 2012 e 2014, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 2%, rebaixamento de 0,3 ponto porcentual em relação aos resultados anteriores. Fonte: Dow Jones Newswires.

Posso ajudar?