O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu a uma taxa anualizada de 1,0% no trimestre de outubro a dezembro, segundo dados oficiais. Foi o quarto trimestre consecutivo de expansão da economia japonesa, a maior sequência desde 2013. A expansão, no entanto, ficou aquém das previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que indicavam aumento de 1,1%.
Apesar dos números apontarem um crescimento estável do Japão durante 2016, a previsão para os próximos meses permanecem incertas. A expectativa de que uma economia mais forte dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, estimularia a demanda global está recuando diante de preocupações com o protecionismo adotado pelo país. Em 2016, o Japão foi o segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos, contribuindo com US$ 502,25 bilhões para a balança norte-americana.
No quarto trimestre de 2016, as exportações subiram 2,6% em relação ao período anterior, auxiliadas, em parte, pelo fortalecimento do dólar frente o iene após a vitória de Trump.
Já os gastos das famílias permaneceram estáveis, o que marcou a primeira vez em um ano que não houve aumento neste indicador. Ele corresponde a 60% do PIB japonês.
De acordo com economistas, a falta de um aumento significativo nos salários está segurando o consumo. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, têm pedido às empresas que deem aumentos para estimular o consumo, mas elas continuam cautelosas.
Ainda assim, para os dirigentes da política monetária japoneses, os últimos números do PIB japonês oferecem um pouco de segurança de que a economia local está, pelo menos, estável, após apresentar uma performance desigual nos primeiros três anos de Abenomics. Fonte: Dow Jones Newswires.