Estadão

Pimenta diz que não se recorda de momento mais favorável para aprovar reforma tributária

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira, 19, à <i>Globonews</i> que "não se recorda" de momento mais favorável para aprovar a reforma tributária no Congresso. Ele também criticou o patamar da taxa de juros, em 13,75%, dizendo que não é mais uma "demanda" exclusiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas sim do setor produtivo.

"Não é possível que toda riqueza que o Brasil produziu com esse esforço do governo seja transformada em lucro para o rentismo", destacou Pimenta. "Não é mais uma demanda do Lula, mas do setor produtivo como um todo", disse.

A reforma tributária é tida como prioridade para o governo e deve esbarrar nos entraves da articulação política entre Lula e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

No entanto, Pimenta contou que Lula delegou a ele a tarefa de melhorar a relação entre os ministros e de ajudar o titular da Pasta de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na articulação do governo. "A integração entre ministérios é muito importante, ministro não é só porta-voz da sua Pasta", opinou.

De acordo com Pimenta, Lula e Lira conversaram na última sexta-feira para pensar a pauta legislativa desta semana, já que o chefe do Executivo embarca nesta segunda rumo à Europa. Na França, irá se encontrar com o premiê Emmanuel Macron. O ministro afirmou que a viagem de Lula ao território francês tem "tudo a ver" com o Brasil sediar a COP30, a mais importante cúpula do clima do mundo, em 2025.

Pimenta caracterizou Lula como uma "liderança do processo de reorganização da geopolítica internacional" e afirmou, ainda, que posteriormente haverá uma conferência com boa parte dos líderes mundiais em que o Brasil terá papel de destaque.

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