A região central da cidade está tomada por eles. É fácil encontrar vendedores ambulantes vendendo todo tipo de produtos sem possuírem licença ou notas fiscais dos produtos. Muitas vezes, a procedência das mercadorias é duvidosa. Para combater esse crime contra a fazenda, uma vez que impostos não são recolhidos, é necessária uma rigorosa fiscalização, que em Guarulhos, deixa a desejar pelo baixo número de agentes fiscais que o município possui.
Atualmente a cidade possui quatro agentes responsáveis pela apreensão, oito auxiliares e mais nove que fazem o levantamento das irregularidades, número bem inferior do que a cidade necessita conforme disse um agente ao HOJE. "Precisaríamos ao m enos três vezes mais. São 21 pessoas para fiscalizar uma cidade como Guarulhos", disse.
Ainda conforme o agente que pediu para não ser identificado, a fiscalização acontece em dois turnos, sempre com duas equipes. "Um pessoal trabalha das 8 às 17 horas e a outra equipe do meio dia às 21 horas. A fiscalização é quase toda feita na região Central", explicou.
O fiscal da Prefeitura comentou também a matéria publicada pelo HOJE, no último dia 7, sobre o anúncio do secretário do gabinete de segurança da Capital, Edson Ortega, sobre Guarulhos ser um dos municípios que tem recebido a demanda de camelôs e produtos piratas que antes estavam em regiões de São Paulo como a 25 de Março e a avenida Paulista, ambas em uma região Central da cidade. "Enquanto investimentos não forem feitos, tanto em pessoal quanto em infra-estrutura, a situação continuará a mesma".
Ainda conforme o fiscal, atualmente, a infra-estrutura disponibilizada à fiscalização pela Prefeitura de Guarulhos limita-se a três viaturas e uma Kombi, para dar conta de uma cidade com 1,3 milhão de habitantes e que é o nono maior produto interno bruto (PIB) do País. "Uma fiscalização eficiente garante muito mais recursos ao município", concluiu.