A Pirelli encerrou nesta semana o contrato de 121 trabalhadores da fábrica de Santo André, no ABC paulista. A informação foi confirmada pela fabricante de pneus e pelo Sindicato dos Trabalhadores Borracheiros da Grande São Paulo e Região. Segundo o presidente do sindicato, Márcio Ferreira, esses funcionários faziam parte do grupo de 360 empregados que tinham sido admitidos sob o regime de contrato por tempo determinado.
Ferreira explicou que, dos 121 contratos encerrados, 90 já tinham vencido e não foram renovados pela empresa. Os outros 31 foram rescindidos pela Pirelli, com pagamento de multas. De acordo com o dirigente, esse tipo de contrato começou a ser adotado pela companhia há cerca de seis anos. “No acordo, existia uma cláusula que previa que, em crise, esses trabalhadores seriam os primeiros a serem demitidos”, ressaltou.
Em nota, a Pirelli afirmou que a medida foi necessária frente ao cenário econômico nacional e ao agravamento da crise da indústria automotiva brasileira, em especial, o segmento de caminhões e ônibus. Além das demissões, a empresa coloca 2,1 mil trabalhadores da unidade em férias coletivas a partir desta sexta, 24, até 14 de agosto, paralisando toda a produção. Na fábrica, há ainda 430 trabalhadores em lay-off desde maio, por cinco meses.
Outras fábricas
A companhia também vai dar férias coletivas, a partir de segunda-feira, 27, para 430 empregados da fábrica em Gravataí (RS). Segundo a montadora, apenas a produção de pneus de motocicletas não será paralisada. Já nas fábricas de Campinas (SP) e Feira de Santana (BA), cerca de 340 trabalhadores que estavam com contratos suspensos desde maio estão sendo reintegrados pela Pirelli.