O Planalto confirmou a ida do presidente Jair Bolsonaro a Santa Catarina neste sábado, 4. O Estado foi atingido por um "ciclone bomba" nesta semana e registrou nove mortos, além de duas pessoas desaparecidas. A Defesa Civil nacional articula uma transferência emergencial de recursos para o governo estadual, que anunciou um decreto de calamidade pública.
A agenda de Bolsonaro está marcada para 8h30 em Florianópolis, no Aeroporto Internacional Hercílio Luz. De acordo com a assessoria do Planalto, o presidente deve sobrevoar áreas afetadas pelo vendaval e se reunir com autoridades locais no aeroporto.
Não está previsto outro compromisso fora desse local, de acordo com a Presidência. A visita de Bolsonaro ocorre após uma reaproximação dele com o governador Carlos Moisés (PSL). Não é esperado, porém, um encontro entre os dois. O catarinense foi diagnosticado com covid-19 nesta semana.
Carlos Moisés havia se distanciado de Jair Bolsonaro e feito críticas públicas ao presidente após o racha no PSL, antiga legenda dos bolsonaristas, mas recuou ao sofrer pressão de empresários e de apoiadores do governo federal no Estado. A crise da pandemia colocou os dois em lados opostos novamente após Moisés decretar medidas de isolamento em Santa Catarina, enquanto Bolsonaro pregou uma abertura maior das atividades econômicas apesar do avanço de casos da covid-19. Pressionado, o governador voltou atrás e flexibilizou as medidas, adotando uma estratégia de reabertura total até agosto. Além disso, o catarinense tem evitado críticas públicas a Bolsonaro e resolveu adotar uma postura de aproximação institucional.