Em caso de agravamento da crise hídrica e adoção de rodízio na região metropolitana de São Paulo, os moradores serão avisados 15 dias antes sobre o corte no abastecimento. O prazo está definido em plano de contingência elaborado pelo comitê de crise hídrica formado por representantes do governo do Estado e de prefeituras da região e apresentado nesta quinta-feira, 19.
O documento divide a situação dos mananciais em três níveis: atenção, alerta e emergência, mas não estabelece indicadores para o início de cada nível. Segundo Benedito Braga, secretário estadual de saneamento e recursos hídricos, a região está hoje em nível de alerta, e é improvável que o estado de emergência seja decretado.
“A passagem de nível é definida por uma combinação de fatores. O nível que estamos hoje é o de alerta porque os reservatórios estão em níveis muito baixos, há redução de pressão e tudo mais, mas ainda não é uma situação tão complicada que você não consiga manter o nível dos reservatórios estável. Se mesmo fazendo tudo isso, os reservatórios continuarem caindo, entraríamos no nível de emergência”, disse Braga.
O secretário não quis detalhar como será o esquema de rodízio caso ele seja adotado, apenas informou que já existe uma lista de 500 endereços, como hospitais e escolas, nos quais o abastecimento será garantido integralmente.
Braga afirmou também que não está descartada a possibilidade de a região metropolitana ainda depender do volume morto do Cantareira e da redução de pressão no ano que vem. “Há uma grande chance de, no início do período seco, estarmos fora do volume morto, talvez com 10% ou 20% de armazenamento. Mas mesmo que sairmos do volume morto, ainda é uma quantidade boa de água para passarmos 2016. Não estamos tirando essa possibilidade”, afirmou.