O volume de recursos disponibilizados ao crédito rural para operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial é 20% maior do que os R$ 156,1 bilhões do ciclo anterior. Para o Plano Safra 2015/2016, serão destinados R$ 187,7 bilhões. As informações foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, durante lançamento do plano no Palácio do Planalto.
Para o financiamento de custeio, a juros controlados, estão programados R$ 94,5 bilhões, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao ciclo anterior. De acordo com o ministério, este aumento reflete o crescimento dos custos de produção.
Já para os investimentos estão reservados R$ 33,3 bilhões. O ministério não enfatizou oficialmente o quanto foi destinado para este segmento no ano passado, uma cifra maior de R$ 44,1 bilhões. Conforme adiantou o Broadcast, o corte do Plano Safra se daria exatamente nesta rubrica.
Na modalidade de custeio, o volume de recursos passou de R$ 23 bilhões para R$ 53 bilhões. Este segmento, porém, contará com taxas de juros livres de mercado e, de acordo com o ministério, este valores são provenientes da aplicação dos recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). O Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) contará com R$ 18,9 bilhões.
Juros
A taxa de juros prevista para os empréstimos de custeio da agricultura empresarial no Plano Safra 2015/2016 é de 8,75% ao ano. No ano passado, o juro foi de 6,5%.
Já para financiar os demais programas de investimento, a taxa vai varia de 7% a 8,75% ao ano para os agricultores que tiverem faturamento de até R$ 90 milhões por ano. As taxas de juros para o Pronamp foram estabelecidas em 7,75% ao ano para custeio e 7,5% para investimentos.
“Os programas de investimentos prioritários – médio produtor rural, aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, agricultura de baixa emissão de carbono (ABC), expansão da capacidade de armazenagem, irrigação e inovação tecnológica – seguem tendo tratamento diferenciado”, informa o material do MAPA distribuído à imprensa.
No documento há um destaque para o apoio à comercialização. “Estão assegurados recursos de mais de R$ 5 bilhões para os produtos agrícolas que fazem parte da Política de Garantia dos Preços Mínimos”.