Stephen Richards Covey (1932-2012), escritor norte-americano, publicou há 26 anos o best-seller administrativo ‘Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes’. No início da obra, uma surpreendente pérola: “De tão habituados a colher onde não semeamos, talvez tenhamos esquecido da necessidade de semear”. Ou seja, nós estamos sempre colhendo frutos – doces ou amargos – de acordo com o plantio das sementes, nem sempre no local exato da semeadura.
Assim, nós deixamos de cultivar bons pensamentos, boas palavras e boas atitudes, simplesmente porque não recebemos o pagamento esperado. Na prática, nós devemos fazer todo o bem que for-nos permitido, independentemente da resposta de quem, a princípio, foi beneficiado com o nosso ‘plantio’. Por vezes, eu, na condição de motorista de veículo automotor, dou passagem para alguém no trânsito, e a resposta é aparentemente nenhuma. Mas será que eu preciso dessa gratidão ostensiva para continuar fazendo o bem? Será que estou sendo grato por tudo o que venho colhendo na vida, muitas vezes por intermédio de pessoas que mal conheço?
Wellington Araújo, pastor evangélico e portador de leucemia, terminou há poucos dias a sua missão na Terra. Ele criou o movimento “A Vida é 10”, com página no Facebook, que visa a incentivar a doação de sangue, de plaquetas e de medula óssea e, assim, salvar existências preciosas para o futuro de nossa civilização. A família de Wellington compensa a dor da perda física mantendo viva essa nobre causa, agregada à consequente satisfação de servir ao próximo. Aliás, você pode ser o próximo a servir ou a ser servido. Qual a sua escolha?
Paulo de Tarso, em sua carta ao povo celta da antiga região da Galácia, hoje parte da Turquia, afirmou: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo colheremos, se não houvermos desfalecido”, Gálatas 6:9. A missão de quem vive plenamente é plantar sementes do Bem, a fim de que o Paraíso se manifeste aqui e agora. Faça como os escoteiros e pratique ao menos uma boa ação 'consciente' por dia; a colheita será farta. Sempre alerta!
Plante somente sementes do Bem
José Augusto Pinheiro, 52, é jornalista guarulhense