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PM não estima público na Paulista, mas ambulantes relatam movimento menor

A Polícia Militar ainda não divulgou uma estimativa de quantas pessoas compareceram à Avenida Paulista. Mas, enquanto o público vibra a cada voto pelo impeachment veiculado pelos telões, entre os vendedores de adereços e traquitanas o entusiasmo é bem menor: eles fizeram os estoques apostando na lotação da manifestação anterior, que parece não ter se repetido.

Um deles tinha o semblante tão cabisbaixo quanto o do ex-presidente Lula estampado nos pixulecos infláveis que ele expunha em um varal. “Eu trouxe cem unidades e, se vendi 30, foi muito. E tive de reduzir o preço de 20 para 10 reais.”

As bandeiras do Brasil, mesmo servindo também aos dias de jogo de futebol, não tiveram melhor sorte nas mãos do vendedor Emerson Souza. Até as 19h, ele havia vendido metade do esperado. “Quis vender a R$20, estou tendo que aceitar R$10. Na rua 25 de Março, consigo vender por R$13,50.”

Para o jornaleiro Gilmar Prates, dono de uma banca em frente ao prédio da Gazeta, a manifestação na via atrapalhou a venda de jornais e revistas mas, por outro lado, fez aumentar o consumo de outros itens expostos, sobretudo bebidas. “Espero que as pessoas voltem a ter confiança e gastar mais. As pessoas ficaram sem dinheiro e deram uma boa segurada. Elas têm medo”, disse.

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