O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), convocou reunião da executiva nacional do partido para esta quarta-feira, dia 6, 16 horas, para decidir se a legenda fechará questão ou não a favor da reforma da Previdência. Segundo o líder da sigla na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), a expectativa é de que o fechamento de questão seja aprovado, pois já há maioria para isso.
O fechamento de questão é uma decisão tomada pela maioria da executiva nacional de um partido. Quando isso acontece, parlamentares que votarem de forma diferente ao que determinou a direção da legenda podem ser punidos até mesmo com a expulsão. Há também o fechamento simbólico feito pelas bancadas no Congresso. Nesse caso, porém, não costuma haver punição.
O governo espera que o fechamento de questão do PMDB tenha um “efeito-manada”, ou seja, leve outros partidos da base aliada a também fecharem questão. Governistas acreditam que partidos como PP, PTB e PRB poderão seguir o exemplo e fechar questão. O PSDB marcou reunião para esta quarta-feira para tratar do assunto, mas, segundo o líder da sigla, Ricardo Tripoli (SP), não deve haver deliberação.
“Fechar questão é o mínimo que o partido do presidente da República pode fazer para garantir a estabilidade”, afirmou o líder do PMDB. De acordo com ele, a perspectiva é de que, se a reforma da Previdência for aprovada, os indicadores econômicos devem melhorar. Um deles, disse, deve ser o desemprego, que poderá cair de 12% para 8%, de acordo com o peemedebista.
Baleia ressaltou que o pedido de fechamento de questão do partido foi encaminhado por ele. Segundo o peemedebista, há “maioria absoluta” na bancada da sigla, a maior da Casa, com 60 parlamentares, a favor da proposta. Ele não informou, porém, quantos deputados vão votar a favor da matéria. “Vamos trabalhar um número grande de deputados para votar a favor”, disse.
Ele também desconversou ao ser questionado se o partido deverá punir os deputados que votarem contra a reforma. Segundo ele, essa é uma questão a ser definida pela direção do partido. “A ideia é que deputados sejam convencidos de que aprovar a reforma é melhor caminho”, disse.