Estadão

PMI composto do Brasil cai a 49,0 em setembro; PMI de serviços recua a 48,7%

O Índice dos gerentes de compras (PMI) composto do Brasil caiu de 50,6 em agosto para 49,0 em setembro, o nível mais baixo dos últimos 29 meses, informou nesta quarta-feira, 4, a S&P Global. Já o PMI específico de serviços caiu de 50,6 para 48,7 entre agosto e setembro, nível mais baixo desde maio de 2021. Também foi a primeira vez que o indicador ficou abaixo do nível neutro, de 50,0 pontos, desde fevereiro deste ano.

Para a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyana De Lima, os dados do mês indicam que houve retração de novos negócios no setor de serviços, resultado da redução dos investimentos no setor privado e da retração da demanda.

"As tendências de emprego ficaram negativas no final do terceiro trimestre, com cortes nos quadros de funcionários à medida que os provedores de serviços se ajustavam a circunstâncias adversas nas vendas e reduções nas carteiras de clientes. Apesar disso, o ritmo de demissões foi moderado no geral", pontuou Pollyana.

Ainda de acordo com a diretora, houve queda "discreta" no preço de insumos em setembro, e os participantes da pesquisa citaram custos mais altos com combustíveis e transporte. De acordo com a S&P, um em cada dez participantes da pesquisa aumentou seus preços de venda em função do crescimento das despesas.

"Em meio a preocupações relacionadas a políticas públicas, as empresas do setor de serviços diminuíram suas expectativas de crescimento. No entanto, as expectativas de negócio permaneceram historicamente altas, à medida que as empresas esperam que taxas de juros mais baixas estimulem a demanda e, subsequentemente, aumentem o volume de novos negócios", acrescentou Pollyana.

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