Estadão

PMI composto do Brasil recua a 51,5 em junho, de 52,3 em maio, afirma S&P Global

O Índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil recuou de 52,3 em maio para 51,5 em junho, informou nesta quarta-feira a S&P Global. Apesar da queda, o resultado mantém o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, pela quarta leitura consecutiva, o que sinaliza restabelecimento da produção.

O PMI específico de serviços, por sua vez, caiu de 54,1 em maio para 53,3 em junho, também ainda em expansão, acima dos 50 pontos.

Para a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyana de Lima, os dados do mês mostram "uma força notável" do setor de serviços, dado o ambiente econômico atual. "O aumento da demanda impulsionou o crescimento de novos negócios e evidenciou outro aumento na atividade de serviços no final do segundo trimestre", destaca.

De acordo com a S&P, os novos negócios aumentaram pelo quarto mês consecutivo em junho, e ao ritmo mais acentuado desde outubro de 2022. Para os participantes da pesquisa, a melhora das vendas refletiu a expansão da carteira de clientes e um ambiente de demanda saudável.

Na avaliação de Lima, a diminuição da inflação no período permitiu que as empresas de serviços captassem novos clientes e alavancassem as vendas, enquanto as expectativas de inflação reduzidas e as perspectivas de cortes nas taxas de juros aumentaram o otimismo para os negócios no próximo ano.

"Enquanto a indústria transformadora enfrentava novos desafios, evidenciados por contrações mais aceleradas nas carteiras de pedidos e na produção, os serviços continuaram a emergir como um pilar de apoio constante para a economia como um todo", afirmou Lima. "Os resultados de junho registraram um desempenho mais sólido do setor privado em relação ao observado nos três primeiros meses do ano", emenda a diretora.

Por outro lado, a S&P destaca que houve aumento maior nos custos dos insumos durante junho. As empresas relataram despesas operacionais mais altas e atribuíram isso aos custos elevados de empréstimos, aumentos nos preços de alimentos, materiais para reforma, licenças de software e serviços públicos.

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