O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade dos setores industrial e de serviços do Brasil subiu a 50,7 pontos em novembro, de 50,3 pontos em outubro, segundo dados divulgados pela S&P Global. A leitura, superior a 50 pontos, indica expansão da atividade.
Em relatório, a S&P Global afirmou que crescimento foi motivado exclusivamente pelo desempenho da economia de serviços, embora o setor industrial tenha registrado, pelo menos, um declínio mais lento.
O PMI que mede apenas a atividade dos serviços avançou de 51,0 para 51,2 pontos entre outubro e novembro.
"As empresas de serviços conseguiram registrar um crescimento modesto da atividade de serviços em novembro, e os indicadores prospectivos da pesquisa revelaram sinais um tanto positivos", disse Pollyanna de Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, em relatório.
Segundo ela, os novos pedidos continuaram a aumentar e a confiança nos negócios permaneceu "extremamente otimista", apesar de ter diminuído devido a preocupações relacionadas a políticas públicas e taxas de inadimplência entre alguns participantes da pesquisa.
Os sinais sobre o mercado de trabalho também melhoraram, apontando para um aumento mais acelerado do emprego no setor de serviços. Paralelamente a isso, os fabricantes sinalizaram criação de vagas pelo quarto mês consecutivo.
"A disposição das empresas em aumentar o quadro de funcionários diante de desafios econômicos talvez reflita as previsões otimistas para o próximo ano e um recuo das pressões sobre os custos", acrescentou
A pesquisa mostrou que os preços de insumos ao setor privado cresceram a uma das taxas mais lentas em quase três anos e meio. O aumento foi mais brando no setor de serviços, enquanto na indústria houve a primeira elevação nos preços de compra em sete meses.
Já a inflação dos preços cobrados pelas prestadoras de serviços acelerou, atingindo o maior nível em seis meses, disse a S&P Global.