Estadão

PMI industrial do Brasil cai a 50,8 em outubro após atingir 51,1 em setembro

O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil recuou a 50,8 em outubro, após 51,1 em setembro, divulgou nesta terça-feira a S&P Global. O resultado ainda mantém o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza expansão do setor.

"As notícias mais positivas do último conjunto de dados do PMI vieram de seus indicadores de preços. As pressões inflacionárias se dissiparam em outubro, à medida que os estoques dos fornecedores melhoraram de acordo com a fraca demanda mundial por matéria-prima. Os preços mais baixos das commodities e a redução de impostos para energia e combustível também contribuíram para a primeira queda nos preços de insumos em oito anos", escreve a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, em nota.

Com a menor pressão inflacionária, a S&P aponta que os preços de compra diminuíram pela primeira vez em oito anos, com as empresas fazendo transferência de economia de custos para seus clientes por meio da redução nos preços de fábrica. Apesar dos descontos nas mercadorias, as empresas apresentaram nova queda no volume de novos pedidos.

"No entanto, a demanda por produtos brasileiros piorou em outubro, caindo pela primeira vez em oito meses, apesar das empresas terem baixado seus encargos", afirma Pollyanna de Lima.

Os dados do mês indicam que as condições econômicas globais levaram a uma queda nas vendas internacionais, com a oitava queda consecutiva do índice de novos pedidos. Apesar disso, segundo a S&P, os fabricantes continuaram a aumentar seus volumes de produção no início do quarto trimestre, com taxa de expansão moderada e bastante semelhante à registrada no mês de setembro.

"Parece que as empresas viram este declínio nas vendas como um sinal temporário, que não as impediu de continuar elevando os volumes de produção e o emprego. Além disso, as expectativas dos negócios permaneceram bem dentro do território positivo, apesar de algumas preocupações sobre o endividamento das famílias, a guerra na Ucrânia e a incerteza política", completa Pollyanna de Lima.

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