O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) da indústria brasileira subiu para 43,2 em junho, de 41,6 pontos em maio, informou a Markit. Apesar da melhora, trata-se do 17º mês consecutivo de contração da atividade, mostrada quando o indicador fica abaixo do patamar de 50 pontos.
Segundo a Markit, o fluxo de novas encomendas continuou caindo em junho, levando as empresas a reduzirem a produção. Os pedidos para vendas internacionais, que vinham sendo um alento nos últimos meses, recuaram pela primeira vez desde novembro de 2015, retrocedendo no ritmo mais rápido em quatro anos e meio.
O indicador de emprego no ritmo mais forte desde que a pesquisa começou, em fevereiro de 2006, mostra que os empresários estão cortando funcionários para reduzir custos. Tanto os estoques de matérias-primas como os de produtos acabados também diminuíram em ritmo recorde. As encomendas pendentes recuaram no maior ritmo em mais de sete anos. Já os custos ao produtor continuaram a subir no mês passado, impulsionados pelo dólar elevado, e os reajustes também foram repassados ao consumidor.
A analista Pollyana de Lima, responsável pelo relatório, destaca que faz quase um ano e meio que o setor industrial está encolhendo. “O preocupante é que os últimos resultados mostram outra retração recorde nos níveis de emprego. Algumas melhoras internas vão ser necessárias antes que qualquer conversa séria sobre uma recuperação possa começar”, afirma.