Economia

PMI industrial do País cai para 44,5 em fevereiro, de 47,4 em janeiro, diz Markit

O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil caiu para 44,5 em fevereiro, de 47,4 em janeiro, segundo números sazonalmente ajustados, informou na manhã desta terça-feira, dia 1º, a Markit Economics.

Leituras abaixo da marca de 50 pontos indicam retração na atividade, enquanto resultados acima desse nível apontam expansão. Trata-se do 13º mês de contração apontada pelo PMI industrial brasileiro.

Segundo a Markit, a queda nas novas encomendas levou as empresas a reduzirem a produção e demitirem funcionários em fevereiro. Enquanto isso, o dólar forte continua pressionando os custos aos produtores, que por sua vez repassam esses ajustes aos clientes.

“Em meio a evidências de uma economia cada vez mais frágil e uma consequente queda na demanda, o nível de novas encomendas recebidas pelas indústrias brasileiras caiu em fevereiro”, diz a empresa em relatório.

Um dos poucos pontos positivos é que, com o câmbio favorável, as encomendas de exportações subiram pelo terceiro mês seguido em fevereiro. Com a ociosidade nas indústrias, o nível de encomendas pendentes caiu pela quinta vez consecutiva, no ritmo mais forte desde outubro de 2013. Por outro lado, o subíndice de emprego caiu novamente, recuando no segundo ritmo mais forte em quase sete anos.

No âmbito da inflação, a alta nos preços ao produtor foi a maior em 88 meses, levando a inflação ao consumidor a registrar a maior alta da série histórica, iniciada em 2006.

Já os estoques para produção caíram no ritmo mais forte em 80 meses, enquanto os estoques de produtos acabados também recuam na maior velocidade desde julho de 2009.

“Os problemas econômicos do Brasil continuam a pesar sobre o setor manufatureiro. Olhando para a frente, as restrições fiscais devem piorar e o PIB deve cair de novo em 2016. A política monetária também não deve alterar as projeções, com o Banco Central ainda cerceado pela inflação elevada”, afirma a economista da Markit Pollyana de Lima.

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