O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla inglês) do setor industrial do Brasil voltou a subir timidamente em maio, para 38,3, após atingir a mínima histórica em abril, em 36,0, informou a IHS Markit nesta segunda-feira, 1º de junho. Porém, o PMI industrial ainda está bem aquém da marca de 50 – que separa a contração da expansão da atividade -, sinalizando, portanto, uma deterioração sem precedentes na saúde do setor, destaca a instituição.
"Apesar de ter se atenuado em relação aos recordes de taxas observados em abril, as empresas voltaram a indicar contrações graves no volume de produção e na quantidade de novos pedidos, levando a atividade de compras a atingir um recorde de contração para a pesquisa. As perdas de empregos continuaram a aumentar a um ritmo significativo", resume a IHS Markit, em nota.
A queda da produção, ainda que menos severa do que a de abril, continuou sendo atribuída pelas empresas às restrições para limitar a pandemia de coronavírus no País.
Quanto aos preços, os relatos dos participantes é de aumento dos insumos devido ao patamar do dólar, o que tem provocado repasse para o comprador dos produtos industrializados mesmo com a queda de demanda.
Em relação ao próximo ano, o grau de otimismo melhorou bastante entre abril e maio, pontua a IHS Markit. "As empresas indicaram certo otimismo de que, uma vez que a COVID-19 tenha sido controlada, haveria uma recuperação no volume de produção e na demanda. Contudo, algumas empresas estão preocupadas com uma recessão global prolongada devido à pandemia."