Estadão

PMI mostra que impacto de estímulo fiscal recente ainda não foi sentido na China, diz Pantheon

A Pantheon considera, ao avaliar os números do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China, que o "impacto do estímulo fiscal recente ainda não foi sentido na economia". O PMI da indústria do país recuou de 49,4 em novembro a 49,0 em dezembro, na leitura oficial divulgada neste domingo, 31.

A consultoria afirma, em comentário a clientes, que o setor de construção e o industrial devem ter algum ganho "modesto" de fôlego, na primavera local. Ao mesmo tempo, a demanda externa de parceiros cruciais, como EUA e China, deve seguir modesta no curto prazo, diante do peso dos juros elevados, o que contém a indústria chinesa. "De qualquer modo, as autoridades têm priorizado reequilíbrio estrutural da economia, em vez de crescimento do PIB", analisa.

A Pantheon diz ainda esperar que a China recorra a políticas fiscais para estabilizar o crescimento, sobretudo por meio do canal dos investimentos em ativos fixos, mas sem grandes estímulos. Ela também menciona que os indicadores sugerem que as margens de lucro estavam sob pressão em dezembro. "Nós continuamos a esperar que a China exporte deflação no início de 2024, especialmente em bens manufaturados."

O setor de serviços chinês, por sua vez, "continua fraco". Já a construção mostra mais impulso, com muitas companhias se apressando para concluir projetos antes do feriado do Ano Novo Lunar, em fevereiro. A Pantheon espera que a demanda doméstica tenha "um impulso moderado" com estímulo fiscal no primeiro semestre deste ano, diante de projeções de reconstrução após grandes enchentes terem atingido a província de Hebei. Ao mesmo tempo, ela vê a construção de propriedades "ainda muito fraca", com incorporadoras esperando financiamento do governo para concluir mais projetos.

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