A taxa composta de subutilização da força de trabalho ficou em 22,2% no quarto trimestre de 2016, resultado superior ao do terceiro trimestre (21,2%) e ao do quarto trimestre de 2015 (17,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 24,3 milhões de pessoas no País no quarto trimestre, um aumento de 6,0% em relação ao terceiro trimestre, com 1,4 milhão de pessoas a mais nessa situação. Em relação ao quarto trimestre de 2015, eram 18,5 milhões nessa condição, o equivalente a um salto de 31,4% ou 5,8 milhões de pessoas a mais nessa situação.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego mas estariam disponíveis para trabalhar. Em 2016, a taxa média de subutilização da força de trabalho ficou em 20,9%.
A região Nordeste teve o maior resultado no quarto trimestre, 33,0%, enquanto a menor taxa ocorreu no Sul, 13,4%. Entre os estados, a Bahia atingiu o patamar mais alto da subutilização da força de trabalho (36,2%), sendo o menor em Santa Catarina (9,4%).
SP
A taxa de desocupação no Estado de São Paulo ficou em 12,4% no quarto trimestre do ano passado, de acordo com dados da Pnad Contínua divulgados. Em igual período do ano anterior, a taxa de desemprego em São Paulo estava em 10,1%. No terceiro trimestre de 2016, o resultado foi de 12,8%.
A taxa de desocupação no total do País no quarto trimestre de 2016 foi de 12,0%. O resultado ficou acima da média nacional nas regiões Nordeste (14,4%), Norte (12,7%) e Sudeste (12,3%). Centro-Oeste (10,9%) e Sul (7,7%) tiveram resultados mais baixos.
No Amapá, a taxa de desemprego ficou em 16,8% no quarto trimestre de 2016, a maior taxa entre os Estados. Em Santa Catarina, o resultado foi o mais baixo entre as unidades da federação, de 6,2%. “O avanço lá é bastante expressivo, mas continua com a taxa mais baixa do País”, observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Tempo de procura
Em meio à recessão econômica e deterioração no mercado de trabalho, aumentou o tempo de procura por uma vaga. Entre 11,760 milhões de desempregados no País em 2016, 4,469 milhões estavam na busca por trabalho havia pelo menos um ano, segundo a Pnad Contínua.
O contingente de desempregados que buscavam trabalho há dois anos ou mais era de 2,305 milhões de pessoas, um salto de 52,9% em relação a essa mesma população em 2015.
Outras 2,164 milhões de pessoas buscavam emprego havia pelo menos um ano, mas menos de dois anos, um crescimento de 46,6% nesse contingente em relação ao ano anterior.
Ainda entre os desempregados, 1,205 milhão buscava uma vaga havia menos de um mês, enquanto outros 6,086 milhões estavam na fila por um emprego havia pelo menos um mês, mas menos de um ano.