Tiger Woods estava dirigindo a quase 140 km/h, quase o dobro da velocidade permitida, em um trecho em declive da estrada nos arredores de Los Angeles quando perdeu o controle de seu carro e sofreu o acidente que o deixou gravemente ferido no fim de fevereiro, concluiu a investigação da polícia, divulgada nesta quarta-feira.
O xerife do condado de Los Angeles, Alex Villanueva, afirmou que o acidente foi provocado exclusivamente pelo excesso de velocidade que causou a perda do controle do veículo no local. O golfista não foi acusado de dirigir embriagado ou consumir drogas, embora não tenha sido submetido a um exame de sangue, e não estava desatento, segundo o relatório da polícia.
"O principal fator para o acidente foi dirigir a uma velocidade insegura para as condições da estrada e a incapacidade de controlar o carro na curva da estrada", apontou o xerife.
Woods estava dirigindo de 135 a 140 km/h em uma área que tinha um limite de velocidade de 72 km/h, disse Villanueva. O trecho da estrada é conhecido pelo perigo diante da alta velocidade que os motoristas podem atingir devido à inclinação da pista.
O capitão James Powers, que supervisiona o posto do xerife mais próximo ao local do acidente, disse que não há evidências de que o atleta tenha tentado frear e que ele inadvertidamente pisou no acelerador ao invés do freio. O astro do golfe estava usando cinto de segurança no momento do acidente e os airbags do SUV dispararam.
A colisão com a árvore ocorreu a 120 km/h. Woods se recuperava na época de uma cirurgia nas costas, a quinta de sua carreira, à qual foi submetido dois meses antes. No dia em que bateu seu carro, ele estava indo a um torneio.
De acordo com o relatório da polícia de Los Angeles, Tiger Woods e seus representantes cooperaram com as investigações, mas o esportista não guarda memórias do acidente ou de sequer ter dirigido em 23 de fevereiro, dia da colisão.
O carro conduzido por Woods se chocou com uma árvore, capotou e sofreu grandes danos. O golfista teve de passar por cirurgia após sofrer múltiplas fraturas nas pernas e nos ossos do pé e ficou internado no hospital até 16 de março. Na operação, foi inserida uma haste na tíbia para a estabilização das fraturas no mesmo osso e na fíbula. Atualmente, ele se recupera em casa, na Flórida.