Estadão

Polícia belga diz que matou atirador que causou a morte de dois torcedores perto de estádio

A polícia da Bélgica informou nesta terça-feira que matou o atirador que causou a morte de dois torcedores, na segunda, nos arredores do Koning Boudewijnstadiun, em Bruxelas. Os torcedores eram suecos que se encaminhavam ao estádio para acompanhar a partida contra a seleção da casa, pelas Eliminatórias da Eurocopa 2024.

A informação foi oficializada pela ministra do Interior da Bélgica, Annelies Verlinden. Em seu perfil na rede social X (novo nome do Twitter), ela afirmou que o "perpetrador do ataque terrorista em Bruxelas foi identificado e morto". Segundo a polícia, ele era tunisiano e suspeita de fazer parte de um grupo extremista.

Ela agradeceu aos serviços de inteligência e segurança da Bélgica, assim como ao Ministério Público, "pela sua ação rápida e decisiva na noite passada e esta manhã". O homem foi baleado pela polícia no bairro de Schaerbeek, próximo ao local onde ocorreu o tumulto, e a arma usada no ataque foi recuperada.

Vídeos amadores publicados nas redes sociais na segunda-feira mostram um homem vestindo um colete laranja fluorescente subindo em uma scooter, sacando uma arma grande e abrindo fogo contra pessoas que saíam de um táxi antes de persegui-las até um prédio para matá-las. Ele também foi filmado carregando sua arma calmamente enquanto os carros passavam lentamente.

A imprensa local vem questionando o governo sobre como um homem que constava dos arquivos da polícia, considerado radicalizado e procurado para deportação, conseguiu obter uma arma militar e lançar o ataque.

"Ontem à noite, três pessoas saíram para o que deveria ser uma festa de futebol maravilhosa. Dois deles perderam a vida num ataque terrorista brutal", disse o primeiro-ministro Alexander De Croo, nesta terça. "Suas vidas foram interrompidas em plena fuga, interrompidas por extrema brutalidade."

Perto do local dos ataques, as seleções da Bélgica e da Suécia disputavam partida das Eliminatórias da Eurocopa do próximo ano. Por precaução, a partida foi paralisada no intervalo e a polícia decidiu manter os 35 mil torcedores presentes no estádio até que o atirador fosse capturado.

Em entrevista coletiva também nesta terça, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson afirmou em Estocolmo que "tudo indica que foi um atentado terrorista contra pessoas suecas apenas por serem cidadãos suecos". Ele afirmou ainda que o atirador já esteve na Suécia, embora sem registro policial.

A Uefa ainda não se manifestou sobre as questões esportivas do jogo. Ainda não há informações sobre a possível continuação da partida, em outra data.

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