A Polícia Civil de São Paulo indiciou dois autores do ataque ao Bar Brahma, alvo de pedradas no último domingo, 3, após frequentadores da região reagirem a uma tentativa de furto. O bar está localizado há 75 anos entre as avenidas Ipiranga e São João, uma das esquinas mais famosas do centro de São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os indiciados tinham antecedentes por outros crimes como furto, roubo e homicídio. Eles vão responder pelo crime de dano, foram liberados e responderão ao processo em liberdade.
A polícia afirma ainda ter identificado mais dois suspeitos que teriam participado do ataque. Um deles havia sido preso em setembro por furto de celular no metrô Liberdade, mas foi solto em audiência de custódia.
Cairê Aoas, um dos sócios do estabelecimento, afirmou ao Estadão que conversou com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pensar soluções de segurança para o centro. Uma das propostas é colocar uma base fixa da Polícia Militar entre as avenidas Ipiranga e São João, mas a corporação descarta a medida em um primeiro momento – e diz ser mais efetivo investir em rondas.
Na segunda-feira, 11, uma unidade do McDonalds na Avenida Ipiranga também foi alvo de um ataque a pedradas. Apesar da semelhança com o caso do Bar Brahma, autoridades policiais afirmam que esse segundo episódio teve uma dinâmica diferente: a confusão teria começado após um desentendimento entre entregadores de aplicativo e funcionários da rede de sanduíches.
Para proteger seus clientes, alguns estabelecimentos da região, como o próprio Bar Brahma, investem na contratação de seguranças particulares, mas nem todos conseguem arcar com esse investimento.