Estadão

Polícia prende quadrilha de motoristas de aplicativo suspeitos de sequestrar passageiras em SP

A Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante nesta segunda-feira, 13, três homens, de 26, 27 e 29 anos, suspeitos de integrar uma quadrilha que usava corridas por aplicativo para sequestrar e extorquir mulheres na Grande São Paulo. Conforme o portal g1, algumas vítimas também foram abusadas sexualmente. Uma mulher de 46 anos, que foi mantida refém após solicitar uma corrida nos Jardins, na zona oeste, foi libertada na noite de segunda.

As prisões, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram feitas por agentes da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 4ª Delegacia Seccional da Zona Norte. Eles já estavam monitorando o grupo de forma prévia. Os três homens foram detidos na Vila Curuçá, na zona leste de São Paulo. O trio estaria a caminho do cativeiro para onde a mulher seria levada.

Conforme a polícia, os agentes identificaram que os suspeitos faziam parte de uma quadrilha que utilizava corridas por aplicativo para sequestrar mulheres. Dois veículos usados pelo trio, um HB20 e um Voyage, foram acompanhados pelos policiais enquanto agiam na região do bairro do Jardins, área nobre da capital. Um dos veículos seria usado na corrida em si e outro para dar suporte no sequestro.

Durante a abordagem, um dos suspeitos apontou uma arma de fogo na direção dos agentes, segundo a secretaria. A polícia não especifica se chegou a ocorrer troca de tiros. O homem também teria tentado atropelar os policiais civis e militares envolvidos na ocorrência.

Três criminosos foram capturados na zona leste e conduzidos para a delegacia, onde permanecem à disposição da Justiça. Uma mulher de 46 anos foi libertada. O caso foi registrado como organização criminosa, roubo, extorsão mediante restrição de liberdade da vítima e tentativa de homicídio na 4ª Delegacia Seccional da Zona Norte. As investigações prosseguem.

Como mostrou o <b>Estadão</b> no começo deste ano, os sequestros estão em alta em São Paulo. Puxado pelo Pix, ferramenta de pagamento instantâneo, e pelo "Golpe do Amor", modalidade que embosca vítimas em falsos encontros, esse tipo de crime atingiu o maior patamar em 15 anos no Estado.

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