Um homem de 33 anos foi preso, na terça-feira, 7, em Sorocaba, interior de São Paulo, suspeito de financiar o mega-ataque contra agências bancárias, em Araçatuba, também no interior paulista. A mulher dele e outro suspeito também foram presos.
As prisões foram efetuadas por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que atuam em conjunto com a Polícia Federal na investigação dos roubos. O suspeito revelou que a logística da invasão à cidade para os assaltos aos bancos custou R$ 600 mil. Três pessoas morreram durante a ação da quadrilha.
Os ataques aconteceram no último dia 30, quando ao menos 20 homens invadiram a cidade, incendiaram veículos e explodiram duas agências bancárias, atacando uma terceira. Os criminosos aterrorizaram a população espalhando 100 quilos de explosivos pelas ruas. O valor roubado dos bancos não foi divulgado.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a investigação da Polícia Civil obteve informações de que o suspeito mantinha um padrão alto de consumo e ostentava veículos de luxo no Parque São Bento, um bairro da periferia de Sorocaba.
No local, os agentes encontraram um automóvel BMW e uma caminhonete Amarok. O casal que estava no imóvel foi abordado. Na residência, os policiais encontraram material de contabilidade referente a uma facção criminosa.
Conforme a SSP, o ajudante Paulo César Dutra Gabrir revelou ter financiado a operação para roubar os bancos em Araçatuba. A polícia não descarta a participação direta dele nos roubos. A mulher dele, a comerciante Michele Maria da Silva, de 40 anos, era procurada pela polícia por tráfico de drogas.
Durante a abordagem ao casal, o mecânico Emerson Henrique Dias, de 25 anos, chegou ao local dirigindo a BMW. A pesquisa feita pelos policiais revelou que ele tinha passagens por roubo e havia saído recentemente de um presídio na região de Araçatuba.
Com essas, já são dez pessoas presas por suspeita de envolvimento nos assaltos a bancos de Araçatuba. As mais recentes ocorreram na região de Piracicaba, no último dia 3.
Dois suspeitos morreram. Um deles foi encontrado baleado, em um carro, no dia do assalto. O outro foi achado morto em Sumaré – o corpo, provavelmente, foi deixado pelos próprios comparsas. Os demais estão em unidades do sistema prisional.