Manifestantes tentaram instalar um novo local de protesto em Hong Kong pela primeira vez nas últimas semanas, mas o ato levou a uma noite de confrontos com a polícia, que na manhã desta segunda-feira já havia limpado a área e detido 40 pessoas.
A ação dos estudantes, que lutam por mais democracia na ex-colônia britânica, acontece em meio ao crescente descontentamento da população com os atos estudantis e a ocupação de algumas vias da cidade. Os protestos já entraram no terceiro mês.
A polícia usou spray de pimenta, canhões de água e cassetetes depois de os manifestantes terem tomado o controle de uma rua perto dos escritórios do governo central e do escritório do executivo-chefe, a principal autoridade da cidade, com o objetivo de impedir que os funcionários desses locais chegassem aos locais de trabalho na manhã desta segunda-feira.
Pelo menos 40 pessoas foram detidas entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira no bairro de Admiralty, enquanto outras 12 foram presas no movimentado bairro comercial de Mong Kok, informou a polícia, acrescentando que 11 policiais ficaram feridos durante as ações. A autoridade hospitalar da cidade disse que 40 manifestantes foram feridos durante a noite.
Na semana passada, a polícia removeu os manifestantes de Mong Kok, um dos três locais de protestos, onde aconteceram os confrontos mais violentos deste o início das manifestações.
A Federação de Estudantes de Hong Kong e o Scholarism, os dois grupos que lideram os protestos, pediram aos manifestantes que levassem guarda-chuvas, óculos de proteção, máscaras, alimentos e capacetes no domingo para se protegerem, caso a polícia usasse gás de pimenta ou gás lacrimogêneo.
Em comunicado postado no site da polícia de Hong Kong antes do início da ação, o porta-voz policial Kong Man-keung advertiu que “se alguém obstruir as funções policiais, usar de violência para atacar as linhas policiais ou tentar cercar a sede do governo, a polícia vai certa e decisivamente cumprir a lei”.
Os manifestantes exigem eleições livres em Hong Kong para a escolha da principal autoridade do território, pleito que deve acontecer em 2017. Pequim quer que os candidatos sejam aprovados previamente.
Fonte: Dow Jones Newswires.