Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Civil de Guarulhos, em uma ação conjunta com outras unidades policiais, desencadeou a Operação Domus (lar), com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudes imobiliárias no município e na Grande São Paulo. A operação foi coordenada pela delegada Áurea Albanez.
De acordo com a delegada, a investigação teve início após uma série de denúncias envolvendo suspeitos que se passavam por corretores de imóveis e realizavam vendas fraudulentas de propriedades sem a autorização dos verdadeiros proprietários. A quadrilha operava por meio de uma imobiliária de fachada, onde simulavam transações legítimas para ludibriar compradores e vendedores.
Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em diversos endereços localizados em São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba e Jacareí. Nos locais, os policiais apreenderam uma variedade de evidências, incluindo documentos, pendrives, maquininhas de cartão, celulares e computadores, que serão analisados para auxiliar nas investigações em andamento.
De acordo com a polícia, as investigações começaram no fim do ano passado. Os acusados se passavam por falsos corretores para enganar as vítimas e vender os imóveis sem autorização dos donos. “Tudo era iniciado em uma imobiliária montada por um dos investigados e eles a princípio ofereciam o serviço de imobiliária mesmo de aluguel de imóveis. Quando eles conseguiam alugar, eles alegavam para a primeira vítima que o inquilino não havia pago e pediam procuração para entrar com ação. Aí era o ponto alto do golpe. Com a procuração eles vendiam esse imóvel sem o consentimento do proprietário para um terceiro de boa fé também vítima”, explica a delegada Áurea Albanez.
Ainda segundo Áurea, alguns suspeitos serão ouvidos. As dez vítimas já foram identificadas, mas a polícia aponta que o número que pode ser ainda maior. As investigações vão continuar. “Nós temos quatro suspeitos, três estão aqui com a gente. Na verdade são investigados e não são suspeitos. Onde eles serão indiciados. E um deles fugiu. Fugiu porque ele realmente passou um imóvel que não era dele e parece que a vítima ficou muito brava e ele está com medo de represálias. Nós vamos continuar a investigação, levantando outras vítimas e tendo maiores detalhes desse inquérito policial”, conclui a delegada.