O presidente em exercício da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), anunciou na manhã desta quinta-feira, 4, que haverá instauração de inquérito para identificar os agentes penitenciários que invadiram a Casa na quarta-feira, 3, e apurar o uso de artefatos explosivos na ação. Ramalho se reuniu nesta quinta com a Polícia Militar do Distrito Federal para evitar que ações do gênero se repitam nas próximas votações. “Vai ter reforço da segurança, sim”, afirmou.
Ramalho, que substitui o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), em viagem ao Líbano, convocou uma entrevista coletiva e leu uma nota onde informou que a Câmara vai buscar indenização cível dos danos causados pelo vandalismo. O peemedebista disse que os danos foram minorados pelos policiais legislativos, que conseguiram conter a maioria dos agentes penitenciários.
Segundo a Polícia Legislativa, os invasores estavam armados, arrombaram um portão instalado para conter multidões e utilizaram na entrada granada lacrimogênea própria para uso externo. O deputado contou que os invasores quebraram um portão “difícil de se quebrar” e negou falha na segurança.
O grupo conseguiu quebrar uma solda e entrar nas dependências do anexo 2, quando apenas dois policiais faziam a segurança e acabaram respondendo à ação com gás lacrimogêneo. A preocupação maior da segurança naquele momento era com a entrada do grupo por outra porta do anexo 3, que é de vidro. “O local (de invasão) era o mais improvável”, disse Suprecílio Barros, diretor substituto da Polícia Legislativa.
Barros disse que o grupo tinha treinamento para retomada de áreas externas de presídio e que veio preparado para invadir a Câmara, como fez no Ministério da Justiça. Ninguém saiu ferido e não houve detenção porque os policiais não puderam individualizar a ação.