A Polícia Federal ainda investiga o roubo de 734 kg de ouro avaliados em R$ 117 milhões do setor de cargas do aeroporto internacional de Guarulhos, ocorrido em julho de 2019. Segundo o colunista do UOL, Josmar Jozino, os investigadores ligam o crime ao mentor de um assalto milionário no Paraguai.
Francisco Teotônio da Silva Pasqualini, o Véio, de 56 anos, integrante do PCC e conhecido no sistema prisional como “mente do crime”, além de apontado pelos agentes como o responsável pelo roubo, seria responsável, segundo os agentes, como o líder do assalto à transportadora de valores Prosegur, em Ciudad del Este, em abril de 2017, dois anos antes do crime em Guarulhos.
No Paraguai, quatro ladrões explodiram a transportadores e arrombaram o cofre. Ao todo, US$ 11 milhões foram roubados. Na fuga, o policial Sabino Ramon Benitez Martinez, de 31 anos, foi morto.
Segundo a matéria do UOL, que não conseguiu contato com os advogados de Pasqualini, uma toalha deixada na casa alugada pelos criminosos no Paraguai comprova a participação dele no assalto. Foram coletados 185 materiais genéticos, que encontraram 40 perfis. Preso em janeiro de 2020 como mentor do crime em Guarulhos, o acusado teve o resultado positivo do DNA para os materiais genéticos de Ciudad del Este. Além dele, os exames chegaram ao perfil de Marcelo José de Lima, o Febronho, que também participou do roubo em Guarulhos. Febronho morreu de câncer em 2020.
Ainda de acordo com a reportagem assinada por Jozino, não foi encontrada uma nota de dinheiro sequer com Pasqualini em sua prisão e, tampouco uma grama de ouro dos 734 kg levados nas proximidades do Aeroporto Internacional.