Um princípio de tumulto envolvendo integrantes de torcidas organizadas do Flamengo e Cruzeiro contra atleticanos levou a Polícia Militar (PM) mineira a prender 85 adultos e apreender dois menores em Belo Horizonte na madrugada desta quinta-feira. As prisões ocorreram na área externa do Mineirão, onde o Atlético-MG se classificou para uma inédita final da Copa do Brasil contra para os próximos dias 12 e 26.o arquirrival Cruzeiro ao derrotar o time rubro-negro por 4 a 1 na partida de volta de uma das semifinais. No mesmo momento a equipe celeste conquistava a outra vaga na final com empate em 3 a 3 com o Santos na Vila Belmiro.
Segundo a PM, a confusão começou antes do início da partida no Mineirão. O sargento Jonathas Rocha contou que os suspeitos estavam próximo ao estádio provocando “briga generalizada” com atleticanos. O grupo foi detido e mantido sob escolta do lado de fora do Mineirão durante toda a partida.
Após o jogo, já na madrugada desta quinta, os dois adolescentes foram encaminhados ao Centro Integrado de Auxílio ao Menor (CIA) e os demais acusados foram levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil. No começo da tarde, a ocorrência ainda estava em andamento devido à quantidade de envolvidos. Alguns detidos tiveram que receber atendimento médico por causa de pequenos ferimentos.
Responsável pelo policiamento no entorno e dentro do Mineirão no momento do jogo, o coronel Robson Queiroz, da PM mineira, informou que a maior parte dos suspeitos era da torcida Jovem Fla, mas também foram presos 16 integrantes da Pavilhão Independente, torcida organizada do Cruzeiro.
As duas agremiações estão proibidas de frequentar estádios justamente por causa das confusões em que se envolveram. “Todas foram contatadas. Chegando aqui em Belo Horizonte seriam escoltadas. Mesmo com e-mails, eles vieram sem avisar”, afirmou Queiroz em referência aos torcedores do Flamengo.
De acordo com o oficial, a PM teve que intervir no momento em que os suspeitos chegavam ao estádio para “evitar uma ação mais desastrosa entre eles”. Queiroz informou também que a PM enviará comunicado aos ministérios públicos de Minas e do Rio informando o descumprimento da proibição por parte das torcidas. A previsão era de que os acusados fossem ouvidos pela Polícia Civil e liberados.
Segundo a PM, a partir de segunda-feira serão feitas reuniões com outros órgãos de segurança e representantes de Atlético e Cruzeiro e suas torcidas para definir o esquema de segurança que será montado para as duas partidas da final da Copa do Brasil, marcadas