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Polícia quer descobrir motorista que levou menores que mataram médico até a Lagoa

Para descobrir quais dos três adolescentes apreendidos que de fato participaram do assassinato do médico Jaime Gold, de 56 anos, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro, onde o médico foi esfaqueado após ter sido assaltado, investigadores da Delegacia de Homicídios querem, agora, saber quem foi o motorista do ônibus que levou os suspeitos até o local do crime.

Motoristas da linha 462, que faz o trajeto entre São Cristóvão, na zona norte, e a Lagoa, foram ouvidos. Policiais disseram que esse é ônibus que costuma levar os assaltantes de bicicletas das comunidades do Jacarezinho e Manguinhos, onde vivem os três jovens e funciona como um “polo” de receptação de bicicletas roubadas, para a zona sul.

De acordo com motoristas que já prestaram depoimento, eles costumam entrar sem pagar, segundo um “trato” informal com os funcionários, e levam sempre uma bicicleta dentro do veículo, a que utilizariam para se deslocar na Lagoa e abordar as vítimas.

Audiência

A Justiça marcou para a próxima segunda-feira, 8, uma audiência onde serão ouvidos os dois últimos adolescentes apreendidos nas investigações, de 17 e de 15 anos. O último deles se apresentou na terça-feira, 2, com uma irmã e confessou o crime, dizendo estar sob “forte pressão psicológica”.

Em depoimento na Delegacia de Homicídios, ele ainda inocentou o primeiro adolescente apreendido, de 16 anos, e afirmou que quem deu as facadas foi o segundo a ser pego pela Polícia Civil, no dia 27 de maio. Este segundo adolescente também confessou ter participado do assalto, mas incriminou o jovem de 16 anos pela morte do médico.

O Ministério Público ouviu, ainda na terça-feira, o terceiro adolescente que se apresentou à polícia. No mesmo dia, representou contra esse jovem, que se entregou, por ato infracional análogo ao crime de latrocínio. Os três processos, cada um referente a um adolescente, vão correr separados e em segredo de Justiça, diz o Ministério Público.

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