Dois dias após a explosão que danificou oito apartamentos e deixou uma pessoa gravemente ferida, agentes da Polícia Civil fazem uma perícia na manhã desta quarta-feira, 20, no Edifício Canoas, em São Conrado, na zona sul do Rio.
As causas da explosão estão sendo investigadas pela 15ª Delegacia (Gávea). Na terça-feira, 19, a proprietária do apartamento 1.001, onde ocorreu a explosão, prestou depoimento. Funcionários e moradores do prédio foram ouvidos e outros estão sendo intimados a depor, de acordo com a Polícia Civil. As imagens das câmeras de segurança do condomínio também foram solicitadas.
Os policiais aguardam a melhora das condições de saúde do alemão Markus Bernard Maria Muller, que teve 50% do corpo queimado na explosão gerada na cozinha do apartamento onde morava. Na terça-feira, 19, Muller foi transferido do Hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul), para o Centro de Tratamento para Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz (zona oeste).
O estado de saúde dele ainda é muito grave. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que não há detalhes sobre as perspectivas de melhora de Muller ou quando ele teria condições de prestar depoimento à Polícia Civil.
Também nesta manhã, a Prefeitura do Rio encerrou a remoção dos escombros e a limpeza do prédio. Após uma reunião de balanço, representantes do condomínio e da Prefeitura fizeram mais uma vistoria no edifício.
“Não recomendamos que os moradores retornem às suas casas enquanto não houver um planejamento das obras de reparo”, disse o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo.
Foram retiradas cerca de 70 toneladas de escombros do local. Na terça, a Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Secretaria de Conservação finalizou os serviços de eliminação de riscos do prédio.
A partir de agora, uma empresa particular contratada pelo condomínio assumirá as obras de restauro elétrico, hidráulico e das instalações de gás.
“O retorno dos moradores será feito aos poucos. Aqueles que tiverem apartamentos em melhores condições poderão retornar mais rápido”, afirmou Jorge Alexandre Oliveira, síndico do prédio, sem mencionar datas ou prazos, no entanto. Segundo Oliveira, já a partir de quinta-feira, 21, os moradores poderão fazer visitas mais longas às suas casas, por cerca de 30 minutos. A entrada de crianças, no entanto, segue proibida.
“As obras devem durar uns três meses. Nós vamos ter que exigir que a seguradora pague”, disse o engenheiro Wilson Guimarães, 80 anos, morador do 8º andar.