Um policial iraquiano foi morto durante protestos contra o governo na capital iraquiana neste sábado, de acordo com a polícia e funcionários de um hospital, que afirmaram que outros sete policiais ficaram feridos, assim como outras dezenas de pessoas.
Os manifestantes, leais ao clérigo iraquiano Muqtada al-Sadr, se reuniram em
Bagdá exigindo que a comissão que supervisiona o calendário de eleições locais seja revista. Tiros foram disparados no centro de Bagdá quando as forças de segurança usaram fogo e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
Funcionários do hospital, que falaram sob condição de anonimato, pois não têm permissão para conversar com jornalistas, disseram que o policial morreu de um ferimento de bala.
A multidão tentava entrar na altamente fortificada Zona Verde de Bagdá, que abriga a maioria das embaixadas estrangeiras no Iraque e as sedes do governo. Os manifestaram começaram a dispersar após uma declaração do escritório de al-Sadr pedindo a seus seguidores para abster-se de tentar entrar na zona restrita.
Al-Sadr acusou a comissão eleitoral de ser corrupta e defendeu a mudança dos membros do grupo, de acordo com uma declaração de seu escritório.
“Não vamos ceder às ameaças”, disse o chefe da comissão eleitoral,
Serbat Mustafa, em entrevista a um canal de televisão local iraquiano no sábado à tarde. Mustafa disse que não pediria a renúncia e acusou al-Sadr de usar a comissão como um “bode expiatório” político. Al-Sadr tem sido um forte crítico do primeiro-ministro Haider al-Abadi.
No ano passado manifestantes, incluindo muitos seguidores de Al-Sadr, entraram na zona fortificada duas vezes. Al-Abadi disse que respeita os direitos de todos os iraquianos de pacificamente se manifestar, mas pediu o respeito às leis e à propriedade pública e privada.
Fonte: Associated Press