Polônia e Bulgária acusaram Moscou de usar gás natural para chantageá-los depois que a empresa de energia estatal russa Gazprom confirmou que cortaria o fornecimento aos dois países. No Parlamento polonês, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki afirmou que a suspensão representa uma vingança pelas sanções das quais o Kremlin é alvo, após a invasão da Ucrânia. Os parlamentares aplaudiram quando o premiê garantiu que Varsóvia não cederá à "chantagem do gás".
Nesta terça-feira, 26, horas antes do anúncio da interrupção do fornecimento, o governo polonês havia divulgado sanções contra 50 oligarcas e empresas russas, incluindo a Gazprom.
A Bulgária também disse ter sido informada pela estatal russa de que o fornecimento de gás do país seria interrompido. O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, chamou a suspensão de "uma violação grosseira de seu contrato" e "chantagem".
O ministro da Energia da Bulgária, Alexander Nikolov, afirmou que seu país pode atender às necessidades da população por pelo menos um mês. "Abastecimentos alternativos estão disponíveis, e a Bulgária espera que rotas e suprimentos alternativos também sejam garantidos a nível da União Europeia", destacou.
<b>Áustria</b>
O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, negou nesta quarta-feira que o país tenha aceitado pagar por gás vindo da Rússia em rublos, como foi noticiado por alguns veículos da imprensa, entre eles a agência russa <i>Tass</i>.
Em uma publicação no Twitter, Nehammer destacou que "a Áustria continuará a pagar as entregas de gás da Rússia em euros" e que o país "está aderindo às sanções da União Europeia (UE) acordadas em conjunto". Fonte: Associated Press.