O País já tem 11,4 milhões de pessoas desempregadas, montante recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período de um ano, 3,383 milhões de pessoas foram levadas à fila do desemprego, um crescimento de 42,1% ante o trimestre encerrado em abril do ano passado.
Já a população ocupada foi de 90,633 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, o equivalente a um fechamento de 1,545 milhão de vagas em um ano, recuo de 1,7% ante o mesmo período de 2015.
“Para cada posto de trabalho que se perdeu, surgiram duas pessoas à procura de emprego”, resumiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A população em idade de trabalhar cresceu 1,3% no período, o equivalente a 2,074 milhões de pessoas a mais. Já a população inativa aumentou 0,4%, 236 mil pessoas a mais nessa condição.
Massa de rendimento
A extinção de postos de trabalho aliada à redução na renda dos trabalhadores que permanecem ocupados provocou a queda na massa de rendimento em circulação na economia, observou Cimar Azeredo.
Segundo os dados da Pnad Contínua, a massa de renda real dos trabalhadores recuou 4,3% no trimestre encerrado em abril, ante o mesmo período do ano anterior.
“Você tem menos dinheiro circulando no mercado. Isso vai afetar o consumo e o gasto da população, porque você tem uma massa de rendimento menor. Tem menos pessoas trabalhando, e o rendimento está mais baixo. Essa conta dá uma massa de rendimento menor”, explicou Azeredo. Em abril, a massa de renda totalizou R$ 173,3 bilhões.