Mais de 700 mil imóveis foram visitados em 2013 na cidade de Guarulhos no trabalho de combate à dengue.
No final do ano, levantamento realizado em todo o Brasil para medir os níveis de infestação urbana do Aedes aegypti apontou que Guarulhos está fora do ranking de municípios com risco de uma epidemia da doença este ano. Porém, revelou um fato curioso: os vasos e pratos de plantas, as garrafas retornáveis, os materiais plásticos e de construção ainda são os principais focos de larvas do mosquito na cidade, seguidos dos depósitos irregulares de água.
“Por isso, é fundamental que a população faça sua parte na luta contra a dengue, vistoriando sua casa e eliminando todo e qualquer material que possa acumular água parada”, alerta a bióloga Iverly Maria Bastos, da Secretaria de Saúde. Segundo ela, de cada 100 casas visitadas, em 0,4 delas foram encontradas larvas do mosquito transmissor da doença. O índice é considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde, que considera situação de alerta os níveis de infestação acima de 1%, e risco de epidemia para números superiores a 3,9%.
Apesar disso, todo cuidado é pouco para que a cidade fique livre de uma epidemia, destaca a bióloga. “As pessoas não podem baixar a guarda. Devem ficar atentas aos vasos e pratinhos de plantas, pingadeiras, vasilha para o consumo de animal doméstico, calhas, ralos, garrafas, latas, frascos plásticos, bandeja de geladeira, baldes, regadores, ar condicionado e qualquer recipiente que armazene água”, explica.
Denominado Índice de Breteau, o levantamento de densidade larvária foi realizado na cidade entre os meses de outubro e novembro passados por cerca de 100 agentes de Saúde. A pesquisa foi feita por amostragem e abrangeu todo o município, indicando situação de alerta em três regiões: Monte Carmelo, Aracília e Pimentas. Neste ano, até o momento, a cidade ainda não teve nenhum caso de dengue confirmado.
