Abastecimento de água no Jardim Santa Mena é suspenso por dias seguidos e a população não recebe nenhum tipo de aviso prévio do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Segundo a autarquia, no início do mês de julho o sistema de abastecimento de água para a parte baixa do bairro foi alterado. A área deixou de ser abastecida por bombeamento e passou a ser abastecida por gravidade. A alteração foi feita para melhorar a distribuição e reduzir as perdas de água, já que o abastecimento por gravidade diminui as pressões na rede, minimizando as intermitências na região.
O advogado, Cláudio Alves de Araújo, 36 anos, morador da rua Max Wolf Filho, reclama que há várias semanas o Saae corta a água todos os dias. "Durante a semana a água chega depois da meia-noite e antes das 14h não tem mais água". Araújo lamenta que ninguém avisa quais são os dias e horários que vão cortar o abastecimento. "Gostaria de ter uma posição do Saae. Isso já virou rotina e até quando essa situação vai se estender", indaga o advogado.
Para compensar a falta de água, o fotógrafo Edilson Soares Norberto, 42 anos, que reside na rua Terceiro Sargento Clério Bortolo, compra galões para cozinhar os alimentos e reutiliza a água da máquina de lavar para dar descarga. "Há três meses, temos água em um dia e em três dias não". O Saae informa que a região pode sofrer intermitências não programadas no abastecimento de água durante o dia. Porém, em condições normais, se os imóveis possuírem caixa dágua adequada, ou seja, com o volume de reserva dimensionado para a quantidade de moradores, é possível minimizar os efeitos dos períodos sem abastecimento pela rede.
De acordo com a norma técnica e o Código de Posturas do Município, os imóveis devem possuir reservatórios de água para, pelo menos, 24 horas de consumo; os dispositivos do imóvel – como descarga e torneiras – devem estar ligados diretamente ao reservatório, e não à rede pública de abastecimento de água. A Companhia vai fazer uma avaliação e tomar as providências cabíveis.
